terça-feira, 14 de outubro de 2008

catarse II


dor falha como em intervalos distantes remorsos resquícios reticentes
a loucura das pessoas em transe nas ruas inerte o corpo que vai
não sei não sonho controle desperto passado presente passado rasgado presente fulgura carne viva latejante que pulsa
madura.


humanidade decadente dorme em sono em pé o humano descalço decente
cinderela rainha dos mortos vivos que esperam esperam
decerto guardião noturno sonâmbulo barulhos ruídos insones olhares furtivos julgamentos escuros fiéis na inocência mentida dos rostos
sem nomes.


fé espreita suspeita alívio da existência engodo engano infame a pureza
dos olhos nublados dos cegos que vêem e clamam e clamam a justiça

a justiça sem direito o defeito impregna a mente da noite o cheiro o vício o ópio
do ódio inteiro em partes junções do coração que bate
dormente.

(...)