sexta-feira, 23 de setembro de 2011


VIII

Costuro o infinito sobre o peito.
E no entanto sou água fugidia e amarga.
e sou crível e antiga como aquilo que vês:
Pedras, frontões no Todo inamovível.
Terrena, me adivinho montanha algumas vezes.
Recente, inumana, inexprimível
Costuro o infinito sobre o peito
Como aqueles que amam.

(Alcóolicas - Hilda Hilst)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

impermanência.




giramundo, mundogira.

estar e mover.

voltar e revolver.

apenas aguardando a colisão,

consigo mesmo.




e a donzela gira e gira e gira,

toda borboleta que é...


...

terça-feira, 7 de junho de 2011


“Escrever é enfiar um dedo na garganta.
Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma.
Pode sair até uma flor.
Mas o momento decisivo é o dedo na garganta."
(Caio Fernando Abreu.)