
o assassino era o escriba.
meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjunção.
entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
casou com uma regência.
foi infeliz.
era possessivo como um pronome.
e ela era bitransitiva.
tentou ir para os EUA.
não deu.
acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
a interjeição do bigode declinava partículas expletivas,conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
[Paulo Leminski].
2 comentários:
hihihihihihi..achei que era você a escritora desse texto.
Um dia né Annezinha!
Beijosss
Leminski é ( no presente mesmo ) o cara!!!
Adoro suas tiradas curtas e cheias de sentido.
" nada me demove
ainda vou ser o pai
dos irmãos karamazov"
" passa e volta
a cada gole
uma revolta "
etc...etc...etc..
Agora que descobri esse cantinho, assim que o cinza da rotina me permitir, sempre estarei por aqui.
:)
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