sábado, 10 de novembro de 2007

the sweet child in me.


não tenho suportado o escuro, o silêncio. e não reconheço mais em mim as coisas que antes me interessavam. tenho andado sem rumo por entre as ruas. observando as pessoas como se elas fizessem parte de um filme, o meu filme, como se realmente importassem, estranho, estranho. estou mais solícita e compreensiva, irritante. numa compulsão horrível por viver. por sentir. uma fome de todos os sabores possíveis, de querer abrir a boca e comer o mundo de uma vez só. boicotar todas as estratégias, psicologicamente tão complexas e tão idiotas, de me esquivar da dor, querendo ser arrebatada por todas essas sensações tão humanas. e tão estranhas a mim. mas ainda conservo um certo ar blasé para disfarçar a minha humanidade. disfarçar de quem?
um passo de cada vez, você me diz. mas como exigir de uma criança que está aprendendo a andar, e está indo em direção ao brinquedo que acabara de ganhar, um passo de cada vez? ela tropeçará, caíra, chorará até ficar roxa. assim como eu, tropeçarei, cairei, chorarei até não ter mais pulmões. mas enfim chegarei ao meu brinquedo novo, e o agarrarei com todas as forças e ficarei por horas, dias e até séculos contemplando fascinada, e finalmente livre.
seu brinquedo novo? – você pergunta.
sim. – eu respondo. totalmente novo: a vida.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

desvario/devaneio.

como é difícil estar aqui. e agora.
e entono um monólogo sôfrego.
e me tomo sem ar, sem vez, sem voz.
e mergulho no que não quero.
e tudo ao redor vai sem mim.
e retorna sem que eu veja.
amorteço sobre a minha existência.
pele sem sensor.
pensamento sem nexo.
eu vou sem.
de querer ser com.
de me jogar pela janela.
sem saber que ela não abre.
e estilhaçar o vidro.
para contemplar cristais caindo.
e ver luzes sobre meu corpo.
que acontecem sem o contato da minha presença.
e me ter esquizofrência. trôpega. e louca.
e cair... sem fim.
e eu estou tentando gostar da minha vida insuportável.
ausência de mim mesma. não estou aqui.
não estou.
aqui.
não.

senti.me(i)nto

e tem esse autor que descobri faz algum tempo, mas nunca havia parado para sentir suas palavras. hoje parei. e senti. e senti...

frágil – você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. para que o protejam, para que sintam falta. tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. bali, madagascar, sumatra. escreverá: penso em você. deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar... (verdade interior - caio fernando abreu)

domingo, 15 de julho de 2007

refém de palavras.

escrever me entorta.
escrever me entorpece.
escrever me enerva.
escrever me enobrece.
linhas e mais linhas de algo sem sentido. apenas sentido.
as palavras são meu domínio sobre o mundo.
e escrevo... escrevo... fico do lado de dentro.
saio de mim.. ou será que entro?

by anne (15/07/o7 - 3:28 pm)

terça-feira, 10 de julho de 2007

nada e tudo. e nada é TUDO!


para entender o nada, é preciso entender o que não tem gosto, o que não tem cheiro, o que não tem vida.... é preciso aprender a ficar com o nada, para saber que se está cheia de tudo.

e estou cheia de nada. e de tudo.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

trovador de rimas tortas.

queria saber escrever música bonita.
e dedicar a ela.
e ter inspiração pra saber deixar a canção fluir.
e saber falar bonito
pra meu amor seduzir.
mas sou moço pobre.
sem instrução pra conquistar.
tenho minha cara lavada
e meu corpo limpo,
e uma porção de versos a me ensinar.
fazer um cordel em homenagens
e poder levar ao céu.
num cordel de rima torta.
pros seus olhos cor de mel,
e ser rapaz bonito, de fala certa.
trovador de mil mensagens.
saber daquelas visagens...
e de perceber a mensagem.
e dizer "eu te amo"
mesmo sem rima...
só por dizer.
mas sou moço pobre...
e eu não sei trovar.
nem conquistar.
só dizer:
"eu te amo".

um dia eu aprendo a escrever música bonita e fazer uma trova com rima perfeita.
só pra você.

by anne 10/07
12:06pm.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

eu trago comigo os estragos da noite.


a exatidão me escapa agora.
mas me presenteio com a serenidade calma
com a espera mansa,
com a paciência de mil anos...
estou tranqüila e isso me faz forte.
by anne 2:59 pm

quarta-feira, 13 de junho de 2007

só isso.


o meu contar os desgostos a ti,

me parecem colocar peso sobre teus ombros.

por mais que me fales que não,

meus sentimentos assim me parecem.

estar nua à tua frente e não saber o que dizer.

me enfrentar sem argumentos.

me entender e não me fazer entender.

estar à mercê de julgamentos,

querendo não me julgar.

sabendo me entender sem ser entendida,

apenas julgada.

me interessa o silêncio e não a fala.

o sim e não o porquê...

o carinho e não o questionamento.

o peso sobre teus ombros no tentar entender o que se passa comigo,
se a ti parece complicado,

é apenas o meu querer ser acarinhada.

não sei dizer isso.

não sei pedir carinho.

não saber pedir é o que me mata.

apenas saber dar.

e agora é o que eu te peço...

apenas me dê carinho...

me deixe deitar em teu colo e em nada mais pensar.

sem perguntas, sem respostas.

sem porques, sem senãos.

apenas deixa eu te sentir,

e me sentir.

só.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

a lágrima não é só de quem chora.


quando alguém chora perto é sempre estranho.

uma sensação de impotência.

de onde vêm as lágrimas...?

e por que elas têm tantos significados...?

sempre me ensinaram que essas gotinhas...

não passavam de um líquido cristalino...

que reflete se alguém está alegre ou triste.

mas se num sorriso um olho chora.

como saber o que se está sentindo...?*


*emprestado do blog 'acaso ou sorte'.



quarta-feira, 23 de maio de 2007

FAKE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


under. fake. cool. fake. nice girl. fake. sweety. fake. bitch. fake. over. over. over. fake.

all fake. all fake. all fake. all fake. all fake. all fake.

terça-feira, 22 de maio de 2007

catarse


sinto falta de humor sarcástico. do meu humor sarcástico. negro do mais puro escuro que se tem.
perdi meu romantismo numa dessas esquinas sujas, de placas rabiscadas e cigarros amassados enfeitando o chão.
sou eu mesma?


tragédia psíquica é sentir dor com a solidão dos outros.
piada. ria.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

hiato criativo.

estou no meu hiato criativo. sem inspirção para nada. só empinando meu disco vaodor. não! você não vai achar aqui uma figura extraterrestre e nenhum disco voador. ainda não fui liberada para entrar na área 51. folha em branco e nada me inspira, isto é hiato criativo. quando nada te inspira. e nada me inspira. e não vou me justificar. e pronto.
sem foto, sem crõnica, sem poesia. apenas, eu. crua.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

perto, bem perto.


" fechou os olhos, vagarosamente foi descansando. quando os abriu recebeu um pequeno choque. e durante longos e profundos segundos soube que aquele trecho de vida era uma mistura do que já vivera com o que ainda viveria, tudo fundido e eterno. estranho, estranho."
[perto do coração selvagem - clarice lispector]

terça-feira, 10 de abril de 2007

nada.


lispector está me enlouquecendo. a cada página comida, tenho uma indigestão literária, e sinto ela percorrer minhas entranhas, viciando meu sangue. uma bomba-relógio prestes a explodir no alvo, meu cérebro. e tenho que vomitá-la. palavras jorrantes, que saem de mim e sujam o pedaço de papel. não quero mais isso no meu corpo. veneno sem antídoto. maldita hora em que a encontrei, ou foi ela que me encontrou? já não sei, ela é traiçoeira. atrai, seduz... envolve em sua teia e enlouquece e mata. mas não há como escapar, a paixão é instantânea. começa com receio, aquele olhar desconfiado para a estante, olhar de quem se pergunta que tesouro há escondido no calhamaço de folhas à frente... o receio é transformado em ousadia, afinal, o que pode haver de tão perigoso num amontoado de palavras? a ousadia se transforma em coragem, e aí... aí não há como voltar atrás, você já foi pego. e então a volúpia e até uma espécie de luxúria competem com a razão enquanto você mergulha cada vez mais profundamente nas palavras, que se juntam em linhas para parecerem comuns, banais... ledo engano. nada mais é banal dali por diante. exatamente nada. e até o nada.
e só resta a loucura e lispector continua me enlouquecendo e preciso alimentar essa loucura, dia após dia, noite após noite, uma fome insaciável desse alimento, que me causa indigestão, e vomito mais uma vez as palavras num pedaço de papel. exatamente como agora.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

reiterando...

...existe essa coisa simples, antiga e quase esquecida pela possibilidade infinita de se distrair com as mentiras modernas do mundo. existe o amor, mas onde ele foi parar depois de tudo isso? eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos. talvez eu também seja engolida por esse mundo que cria tantas facilidades para a gente não sofrer. tenho medo de que tudo seja uma mentira e de verdade sinto que é, mas ainda acordo feliz todos os dias esperando que ao menos você seja verdade.

[tati bernardi- eu só queria um namorinho de portão]

amo você com toda a pieguisse que um amor pode comportar e com todo o sentimento que reside nessa mesma pieguisse.
by anne.

há flores que nascem entre pedras.




acho que sou... como diria lispector “um sabido ignorante, um sábio ingênuo, um sonso honesto, um pensativo distraído...”
não quero a facilidade das coisas bem resolvidas, quero mais é me perder no âmago da ignorância... e ser chamada de boba, de atrasada, de romântica. os mais modernos que me desculpem, mas nesse quesito, do amor, ainda vivo no século XIX. serenatas na sacada, flores sem motivo, poemas e canções à amada... atos dignos de romance shakespeariano.
sim, eu sou uma “boba romântica” e me orgulho disso.

domingo, 1 de abril de 2007

com(o)um.

essa é a história de joão. um cara comum, cansado de ser comum. então joão era um cara comum, em todos os sentidos. tinha uma vida comum, uma família comum com uma mulher comum e dois filhos comuns. tinha um carro comum, comprado na revenda da esquina, uma casa comum, financiada pela caixa econômica. tinha um emprego comum numa empresa de alimentos comum. joão... quer nome mais comum que joão?? mas como eu disse no início, joão, o cara comum, estava cansado de ser comum. não queria mais sua vidinha comum e todos os “comuns” que dela faziam parte. só que joão não via perspectivas para mudar essa sua realidade comum.
foi então que num dia comum, indo para seu trabalho comum, ele reparou em um prédio, que não era nada comum, um prédio vistoso, devidamente alojado numa das esquinas chiques da cidade. tinha sete andares, as janelas amplas e brilhantemente envidraçadas. joão parou e ficou admirando o descomunal amontoado de concreto e pompa. ah! queria ser como aquele edifício. queria ser admirado pelas pessoas que passassem por ele, queria poder brilhar como aquela vidraceira toda. queria ter sete andares, para olhar tudo e todos de cima. sim! joão era ambicioso. mas a vida comum não lhe permitia progredir na sua ambição. a partir daquele dia, joão saia todos os dias mais cedo de casa para dar uma paradinha em frente ao seu objeto de admiração. ficava vidrado nele por 15 minutos e então acordava e ia para seu trabalho, repetir as mesmas coisas do dia anterior, ser humilhado pelo chefe, cumprir prazos, admitir ser escravo da mesmice. assim que se livrava do tormento profissional, voltava para casa, não sem antes ficar mais 15 minutos abobalhado em frente ao suntuoso edifício. chegava em casa, dava um beijo sem gosto na mulher, que lhe perguntava sobre o dia, ao que ele respondia com um mísero “foi tudo bem amor”. e então tomava seu banho, em seu banheiro comum, e colocava seu pijama comum, para jantar a comida comum da mulher e deitar na sua cama comum, para ter sonhos. nos sonhos era que joão se permitia não ser comum. e joão sonhava que era aquele prédio. e a noite passava e outro dia chegava, para ser repetição, rotina de um cara comum.
mas aquele dia foi diferente. joão, ao sentar-se diante do prédio, teve uma idéia brilhante. algo que poderia marcar sua vida comum para sempre. algo que iria tira-lo do roll dos mesmos e mesmas que ali passavam.
num impulso de exaltação adentra as portas do seu sonho. era um prédio residencial, mas por sorte ou obra do destino, não havia ninguém na entrada àquela hora. entrou no elevador e olhou para o número que dava para o terraço, que parecia ter se iluminado naquele instante.
enquanto subia, joão sentia o coração palpitar, a boca secar e o corpo suado tremer. finalmente chegara. encaminhou-se até o parapeito e seus olhos brilharam. sua visão o fez crer que agora ele era aquele prédio. sim! sentia o vento gélido da manhã acariciar sua pele, sentia o cheiro das alturas, sentia-se o mais poderoso de todos os homens que andam por essa terra comum. nunca mais ele, joão, seria comum. não depois daquela experiência. e foi com esse pensamento que ele concluiu que não poderia mais voltar para sua casa comum, para sua família comum, para seu trabalho comum, para sua vida comum. olhou para o horizonte despontando por entre os outros prédios que agora o invejavam e lançou-se... e enquanto bailava pelo ar, sentia-se com um deus, uma alegria imensa o acompanhava, ele podia tudo! e foi com um sorriso esplêndido no rosto que joão foi encontrado ao chão agora marcado pelo vermelho do seu sangue. e a multidão juntou-se ao redor, tentando entender o que havia acontecido. joão conseguira. não era mais comum!muito tempo depois, seus amigos ainda comentavam nas rodinhas do happy hour como um cara que tinha tudo, emprego, família, casa, carro poderia ter feito tão desvairado ato. mas joão se ainda vivesse estaria rindo da cara deles afinal, não entenderiam jamais, eles eram tão... “comuns!”.

sexta-feira, 30 de março de 2007

sorte?!?

eu tenho creditado à sorte muitas coisas em minha vida. desejado que a sorte me acompanhe para que eu não sofra.
sorte??? uma ova! eu quero mais é que as coisas dêem certo sem a minha interferência. deixando nas mãos de outrem. me escondo numa tal de sorte, ou destino para os mais místicos, para não arcar com conseqüências desastrosas se algo não sair conforme o esperado. assim, tenho a quem responsabilizar, alguém que não seja eu. e assim, não precise me dar de cara com meus fracassos. não precisarei que eles sejam as criaturas horrendas a me chamar dentro do armário no meio da noite. visto a armadura da fortaleza, um guerreiro de filme hollywoodiano, que sabe que vai sobreviver no final, porque pode culpar os outros, porque eles sempre serão mais fracos, mais covardes e mais vis. e consagrar o meu happy end com a compreensão de ser a mocinha da historia. cruel isso? você até pode me julgar. e sei que vai. mas e o vilão? o vilão é sempre outro. mocinhos? cujo ponto fraco descobrimos por meio da intuição? o que seria de popaye sem espinafre? o que seria de superman numa overdose de criptonita?o que seria de he-man sem sua espada e os poderes de “graiscoou!” o que seria do batman sem alfred??? robin? mero coadjuvante. o que seria de nós sem o humano, demasiado humano? apenas animais. instinto? não. sorte! destino! algo que encontraram e que os fazem fortes! algo que encontramos, e que nos faz forte! tenho visto... e tenho lido... é nisso que o ser humano acredita. por mais que negue. na sorte. a cada dia, a cada alvorecer, é na sorte que se credita os maiores pontos. na sorte que irá iluminar seus filhos, quando a guerra estiver no auge. na sorte... que irá defende-los... quando tudo que sobrar serão armas (“que consigam desviar das saraivadas!”). na sorte que lhes dará um abrigo. na sorte que lhes dará comida. na sorte que lhes dá água, pura pra beber. na sorte de se manterem vivos. e na sorte de algo que os diferenciará do puro instinto. e na sorte de se manterem homens.sorte... muitos créditos para essa tal de sorte. tenho dado muitos créditos a ela. apenas palavra atenuante para conseqüências.
tem sempre esses dias de angústia. dias em que se quer é largar o corpo em qualquer canto e sair para passear, sob a chuva. mas a chuva é fria, a chuva pesa, a chuva pesa, a chuva fala, grita. e a chuva corta. que é pra ninguém sair quando ela chega. ninguém quer ouvir os segredos da chuva. nem ela.
ela esteve por muito tempo ligada aos acontecimentos, à espreita do próximo passo. agora só quer que as coisas aconteçam, sem ela.
ela esteve, por tempo demais, preocupada. admite e aceita os ombros curvados, pelo peso de suas indagações. agora só deseja ser indiferente, poder caminhar sobre o limiar de uma falsa liberdade.
mas há sempre uma parte do nada a ser vivenciado.
ela gostaria de se abster de alguns sentimentos. mas como?
se a grande razão que a move é, senão, essa angústia que ali reside?
ela queria aceitar o fato de que: nem de fato, nem de direito, é louca! e assim acreditar que não sabe voar.
acreditar que o medo do que não sabe, do que ainda não lhe contaram é o que a faz encher os pulmões de ar a cada manhã.
ela queria ser enganda, sem saber que está sendo enganada e sem ter sequer a noção de que talvez possa estar sendo enganada.
ela queria não ser condescendente com o que não lhe mostram. ter coragem de espiar pelo buraco da fechadura dos sentimentos dos outros e suportar a dor que isso causa.
ela queria não saber que nunca se deve mencionar o caminho. para não ter que passar por ele.
ela queria se dar conta, de que nas palavras ditas, reside o abismo das coisas não ditas. e poder ser ludibriada sem culpa.
ela queria que seu apego pela razão, não lhe fosse maio do que o seu direito ao devaneio. e talvez assim, não visse as coisas cruas diante do espelho.
há tanto querer nela... tanto. mas o que ela não quer?
não quer saber dos segredos da chuva, nem admitir que o peso sobre os ombros a faz menor do que já é.
mas por alguma razão, ou ironia... tem sempre esses dias de angúsita.
e ela vê a verdade.